quarta-feira, 2 de junho de 2010

Atenção: Burla com treinadores

Lamentavélmente, descobri esta noticia e decidi partilhar convosco, pois é deprimente o que muitos Nigerianos fazem.
Não são todos iguais claro, até porque trabalhei com um.

Mas peço que leiam a noticia que extrai para que estejam atentos a uma eventual abordagem.

"Uma rede de piratas informáticos de África, a operar a partir da Nigéria, burlou, pelo menos, seis treinadores portugueses nos últimos meses, utilizando uma estratégia de extorsão de dinheiro através de pretensos convites tentadores para passarem a orientar alguns dos mais poderosos clubes da zona centro-africana.

Os técnicos em causa estão, actualmente, quase todos em actividade - um dos quais na Liga Sagres - e foram apanhados na rede numa altura em que estavam desempregados, com o nome no mercado internacional, incluindo o africano, através de empresários FIFA que habitualmente espalham currículos dos seus representados pela internet. É precisamente através dessa ferramenta universal que os piratas encontram os contactos necessários para avançarem para negociações que não levantam qualquer ponta de suspeita junto dos visados. A operação é feita de forma muito profissional, o método prevê falsificação de documentos das federações de futebol, dos clubes, das alfândegas e até garantias bancárias, num convite sedutor que rapidamente se transforma numa proposta irrecusável.

Em cima da mesa estão números, realmente, acima da média portuguesa: 12.500 euros/mês no caso concreto apresentado na edição impressa do jornal mas nalgumas situações esse valor é ainda maior. Os prémios são outra tentação: 20 mil euros se for campeão, metade se for segundo classificado, 2000 euros por cada vitória fora e 1000 pelos triunfos em casa, entre outros benefícios, como casa, carro com motorista e passagens aéreas para casa durante o ano. Em Portugal, quase só ao alcance dos três grandes.

Quase sempre os nomes dos clubes utilizados são da Nigéria, Benin, Níger, Burkina Faso e Mali, ocupam as primeiras posições dos respectivos campeonatos, mas para não levantar suspeitas os piratas avançam com contactos concretos e com propostas formais, via e-mail, após dois ou três resultados negativos, o que estará longe de comprometer os objectivos, tornando a proposta ainda mais aliciante.

Após uma primeira abordagem para conhecer a disponibilidade da vítima, através do empresário - que obviamente confirma o interesse, até porque a sua generosa comissão é também salvaguardada -, são encetados contactos directos com os treinadores ou com quem os representa, caso não dominem a língua inglesa. Os números seduzem qualquer um e, na perspectiva de um desempregado, são imediatamente alimentadas ilusões quanto ao passo seguinte na carreira.
Segue-se a troca de documentos, a definição de determinadas cláusulas do contrato, uma garantia bancária em caso de incumprimento e são até discutidos os termos do vínculo para os adjuntos, que na maior parte dos casos são aceites. Feito o envio de cópias do contrato, passaporte e NIB, teoricamente para formalização do acordo junto das respectivas federações, a resposta surge rapidamente com a promessa de envio dos códigos para levantamento da passagem aérea, prática recorrente nos bilhetes electrónicos. O pior começa aqui.

Surge, entretanto, um problema de última hora, relacionado com os vistos de entrada no país. A justificação dada é a necessidade de realização de uma transferência bancária urgente para pagamento à polícia ou aos serviços aduaneiros, o que, segundo os representantes dos clubes, só pode ser feito pelos cidadãos que vão entrar no país, com promessas de restituição do dinheiro mal ponham o pé no aeroporto. Os valores são variáveis, podem ir de 350 a 1.000 euros, consoante o currículo do visado. Para quem vai auferir um ordenado de 12.500 euros, naturalmente, o treinador envia o dinheiro sem pestanejar. Nalgumas situações, é feita uma segunda tentativa, com o argumento de que é necessário um outro valor para o visto de permanência. Segue-se o silêncio, os visados tratam de tentar, eles próprios, falar com quem os contactou. Em vão. Os telemóveis estão desligados e os números de telefone que constam nos contratos, alguns estrategicamente apagados em dois algarismos, muitas vezes nem são dos clubes. E, dos que têm a sorte de entrarem em contacto com dirigentes do futebol africano - sim, porque é uma sorte consegui-lo - depressa percebem que foram vítimas de uma burla. Tarde de mais. É nesse momento que se percebe que todos os documentos são falsos, que o dinheiro está perdido e que o interesse do clube nunca existiu. Um método que pode tramar qualquer um." Extraido do jornal abola






Simplesmente, triste tenham CUIDADO

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